quarta-feira, 30 de março de 2011

Lançamento: Jennifer no CCJ Ruth Cardoso

JENNIFER: (Brasil, 2011, 29 min, DVD). Direção: Renato Candido. Produção: Odun Formação. Com: Juliana Valente, Gabriela Balmant, Ian Felipe e Victor Sparapane. Jennifer, uma garota de 17 anos, moradora da Vila Nova Cachoeirinha, manipula suas fotos no Photoshop para ficar mais clara. Ao se tornar adulta, ela vive dilemas relativos a sua identidade numa sociedade que sempre nega significados de negritude. Projeto contemplado pelo VAI, PROAC e Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da USP.



Dia 10/04, domingo, 16h.

100 lugares. Distribuição de ingressos 1 hora antes da sessão, na recepção do CCJ.

Pesquisa: Oubí Inaê Kibuko
Divulgação solidária: Quilombocine

terça-feira, 22 de março de 2011

Semana de Cinema e Cultura Africana no CEU Lajeado


O Centro Educacional Unificado (CEU) Lajeado, na zona leste de São Paulo, irá realizar a Semana de Cinema e Cultura Africana, em homenagem ao Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes, comemorado em 2011.

    A semana irá contar com a apresentação de filmes do cineasta Sol de Carvalho, um moçambicano que já fez diversos longas e curtas-metragens que abordam a realidade africana, relatando problemas enfrentados por alguns países.

    As apresentações terão início na segunda-feira (21), quando se comemora o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Descriminação Racial, e serão encerradas no dia 25 de março. Os filmes serão exibidos todos os dias, às 19h30, no Teatro CEU Lajeado, e após as sessões serão discutidos os assuntos de cada película, como racismo, exclusão social, educação e corrupção.

    Confira abaixo a lista de filmes exibidos:

    - Rodas de rua

    - Quando o mar bate na rocha

    - Garras e dentes

    - Pregos na cabeça

    - Muhipiti Alima

    - Maria a empregada

    - O jardim do outro homem

    O CEU Lajeado fica na rua Manuel da Mota Coutinho, 293 – Lajeado. Para assistir aos filmes, agende a visita no número 3397 6954.

Entrevista com Sol de Carvalho

 por João Teixeira

Num país onde um bilhete de cinema pode custar 10% do salário de um trabalhador, Sol de Carvalho realizou “O Jardim do Outro Homem”, a primeira longa-metragem do cinema Moçambicano em 20 anos. Conta a história de Sofia, uma jovem que se esforça por perseguir o sonho de estudar Medicina, tendo para isso de enfrentar a corrupção e a chantagem de um professor que a obriga a uma relação sexual não-protegida em troca de um resultado positivo num exame. Não sendo necessariamente um filme sobre a SIDA/HIV, “O Jardim do Outro Homem” pretende reflectir sobre a relação entre a cultura e o subdesenvolvimento, nos seus vários aspectos.
Sol de Carvalho nasceu na Beira e persiste em viver e trabalhar em Maputo, sendo este o 3º filme de ficção do cineasta, que lançou igualmente uma curta-metragem intitulada “A Janela” e “Terra Sonâmbula”, este último baseado no romance do escritor moçambicano Mia Couto.
Em entrevista exclusiva a “CulturaPALOPsPortugal.comSol de Carvalho reflecte sobre os vários aspectos da cultura e a sua contribuição para o desenvolvimento, bem como a estética que caracteriza o cinema moçambicano:
“Vejo a cultura de forma bastante diferente que outros, nomeadamente o poder. Por exemplo, estou a trabalhar agora num projecto que envolve o cinema relacionado com a SIDA (AIDS). Temos já um grau de infecção nacional bastante grande, de cerca de 20%, e o problema desse combate, onde eu próprio, como cineasta, também estou envolvido, é nada mais nada menos que o problema da cultura. Tem a ver com a maneira como as pessoas se comportam nos relacionamentos sexuais, familiares, etc. Por este exemplo, pretendo explicar a razão porque entendo a cultura não como um “departamento” do desenvolvimento, mas seria a própria concepção do desenvolvimento. A cultura seria aquilo que poderia indicar as linhas-mestras, os caminhos, criar a base. Infelizmente, nos outros PALOP a situação não é muito diferente. A cultura está muito associada a apenas uma das suas manifestações, que é a arte. Cultura é comportamento humano; a arte é apenas uma parte desse comportamento, a transfiguração do real que fazemos como artistas. Em países acabados de sair da guerra, como Moçambique, Angola, etc., mesmo esse lado da arte infelizmente é ainda muito incipiente. Mas existem manifestações extremamente interessantes e nesses contextos tão adversos; existem erupções tão fortes como a do vulcão da Islândia. Coisas que arrebentam assim de vez em quando, quer no cinema, quer na dança moderna, quer na pintura…”

“O Estado faz, a nível cultural, o papel de preservação – toma mais conta das coisas que são tradição. A nossa função, como artistas, é desbravar os caminhos novos, que não são muito apoiados pelo Estado. Não há apoio à inovação, à pesquisa, à descoberta de novos caminhos”.

“Na nossa ‘desgraçada’ arte do cinema, temos agora muito recentemente a Escola de Cinema. E foi uma geração que vem do tempo do Samora Machel, numa altura em que o país se propunha ser socialista e essas ideias, quando não havia televisão, e o poder tinha a percepção de que precisava de um veículo para comunicar com as pessoas, e esse veículo seria o cinema. Foi criada uma estrutura muito forte, o Instituto Nacional de Cinema, que tinha uma série de equipamentos antigos e que produzia em película. Foi aí que eu e praticamente toda a geração dos cineastas moçambicanos que hoje têm algum nome, nascemos. E esse é o nosso problema. Só agora estamos a começar com uma geração nova, que trabalha com vídeo e faz algumas experiências novas. Devido à forte aposta do Estado de então, essa geração criou também um importante grupo de técnicos. Temos também a vantagem de estarmos ao lado da África do Sul, que tem também bastante equipamento. Por exemplo, Flora Gomes (Guiné-Bissau) está agora a filmar em Moçambique. Há pouco tempo, 3 cineastas dos PALOP participaram num Festival Pan-Africano da Argélia, intitulado “África visto por”, em que convidaram 12 cineastas, entre eles Flora Gomes, Zézé Gamboa (Angola) e eu. E os 3 filmes foram feitos em Moçambique! Flora Gomes voltou a Moçambique e está agora a filmar com Danny Glover. Licínio Azevedo, brasileiro-moçambicano, já está em Moçambique desde 1975, tem prémios de várias partes do mundo, e está também a filmar ficção em Moçambique… Moçambique tem algum peso neste circuito”.

“Mas não conseguimos ainda encontrar a CPLP! Há passos, há caminhos, várias pessoas têm tentado fazer festivais, etc., e espero que o FESTin possa ser um kick-off para isso. É nestes festivais, nas conversas de café, que se tem de começar a falar destas coisas, das co-produções e dos trabalhos… de facto não há maneira de construir cinema da CPLP se não se construir pela base, com estes projectos em conjunto, estas pontes… estamos a lançar alicerces, vamos ver se os blocos ficam lá e a gente consegue construir as pontes”.
“Procuramos sempre encontrar estéticas e maneiras de tratar o cinema que tenham a ver com a nossa realidade. Os temas recorrentes são os da democracia, da pobreza, do desenvolvimento, etc., mas é preciso trabalhá-los no sentido de conseguirmos fazer um filme e não um panfleto político. Nós trabalhamos com recursos locais, em termos de representação. Muitas vezes temos actores no meio da multidão, em que só eles sabem que estão a ser filmados. E isso também cria uma estética própria, uma visão das coisas. Por causa da capulana e das roupas, temos cores de contraste muito fortes, e uma luz dura, muito forte. Isso significa que há uma variedade, uma permanência de cores e de vivências de cores”.

“Mas o argumento principal é que como nós fomos todos formados na mesma altura e acreditámos, numa forma ou outra, nesse projecto de construir uma sociedade socialista e igualitária, todos nós somos cineastas sociais. O primeiro filme de amor do cinema moçambicano pós-independência foi precisamente um filme de 10 minutos que fiz há 4 anos, para ensaiar “A Janela”. Toda a nossa temática foi sempre uma temática social, que é uma característica política, de mensagem, mas também de estética, que envolve certas abordagens. Portanto, há uma aproximação em relação à nossa ficção, que tem a ver com a maneira como pesquisamos a realidade”.


Breve História de Moçambique
A história de Moçambique encontra-se documentada pelo menos a partir do século X, quando um estudioso viajante árabe, Al-Masudi, descreveu uma importante atividade comercial entre as nações da região do Golfo Pérsico e os "Zanj" da "Bilad as Sofala", que incluía grande parte da costa norte e centro do atual Moçambique.

No entanto, vários achados arqueológicos permitem caracterizar a "pré-história" do país (antes da escrita). Provavelmente o evento mais importante dessa pré-história seja a fixação nesta região dos povos bantus que, não só eram agricultores, mas introduziram a metalurgia do ferro, entre os séculos I e IV.

Entre os séculos X e XIX existiram no território que atualmente é Moçambique vários estados bantus, o mais conhecido foi o império dos Mwenemutapas (ou Monomotapa).
A penetração portuguesa em Moçambique, iniciada no início do século XVI, só em 1885 — com a partilha de África pelas potências europeias durante a Conferência de Berlim — se transformou numa ocupação militar, com a submissão total dos estados ali existentes, levando, no início do século XX, a uma verdadeira administração colonial.

Depois de uma guerra de libertação que durou cerca de 10 anos, Moçambique tornou-se independente em 25 de Junho de 1975, na sequência da Revolução dos Cravos, a seguir à qual o governo português assinou com a Frelimo os Acordos de Lusaka. Após a independência, com a denominação de República Popular de Moçambique, foi instituído no país um regime socialista de partido único, cuja base de sustentação política e económica se viria a degradar progressivamente até à abertura feita nos anos de 1986-1987, quando foram assinados acordos com o Banco Mundial e FMI. A abertura do regime foi ditada pela crise económica em que o país se encontrava, pelo desencanto popular com as políticas de cunho socialista e pelas consequências insuportáveis da guerra civil que o país atravessou entre 1976 e 1992.

Na sequência do Acordo Geral de Paz, assinado entre os presidentes de Moçambique e da Renamo, o país assumiu o pluripartidarismo, tendo tido as primeiras eleições com a participação de vários partidos em 1994.

Para além de membro da ONU, da União Africana e da Commonwealth, Moçambique é igualmente membro fundador da SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral) e, desde 1996, da Organização da Conferência Islâmica. (Para ler texto integral clique aqui)



Descobridor do HIV procura “cura” para SIDA

Maputo, 21 Mar. (AIM) – O prémio Nobel de Medicina, o francês Luc Montagnier, encontra-se em Maputo, capital moçambicana, para apresentar os resultados de uma pesquisa sobre um suplemento alimentar com efeitos “muito positivos” para os doentes de SIDA.
 




Laureado com o Prémio Nobel como reconhecimento à sua descoberta do Vírus de Imunodeficiência Humana (HIV), o professor Montagnier tem estado, nos últimos anos, a investigar o uso de suplementos alimentares benéficos para a prevenção ou combate ao HIV.


O referido trabalho é realizado com a colaboração da “Edge to Edge Global Investiment Limited (E2E)”, uma companhia sul-africana vocacionada á investigação e produção de suplementos alimentares melhorados e, recentemente, desenvolveu um produto com efeitos positivos para os doentes de SIDA.


O cientista francês foi convidado pelo antigo estadista moçambicano, Joaquim Chissano, para falar dos resultados da sua pesquisa durante o segundo encontro do Grupo Livingstone dos Antigos Chefes do Estado e de Governo Africanos, realizado hoje em Maputo. (Para ler texto integral clique aqui)


Fontes: 


quinta-feira, 17 de março de 2011

Mapona - primeiro filme porno da África do Sul almeja estimular metodos preventivos



'Mapona' (nu em língua sotho) é o nome do primeiro filme pornográfico produzido na África do Sul em que as actrizes são negras. Isto acontece 16 anos após o fim do Apartheid. O diálogo entre actores, ainda mais ligeiro do que as suas roupas, é nos principais idiomas africanos do país: zulu, xhosa e sotho. O produtor, Tau Morena, classifica o filme como "uma experiência voyeurista" e indica que esta é uma história de "pessoas normais para pessoas também elas normais" num país onde 80% da população é negra, indica à AFP . Desde que o filme se estreou, a 30 de Setembro, já vendeu 5 mil cópias de DVD em sex-shops. Esta iniciativa levantou polémica, pois muitas pessoas afirmam que serve para encorajar práticas sexuais desprotegidas no país mais afectado do mundo pelo vírus da sida. Num total de 50 milhões de habitantes, 5,2 milhões de adultos são portadores do VIH. "Todos os actores fizeram os testes para detectar o vírus e outras doenças sexualmente transmissíveis . Cada cena de sexo do filme implica o uso de preservativo", defendeu o produtor. Uma raridade no panorama sul-africano. O realizador já prometeu um 'Mapona' 2. 




Este é o primeiro filme pornográfico África do Sul: o elenco do filme Mapona Volume 1 é composto inteiramente por negros. A comunidade virtual Sondeza , um Porntube africano, que iniciou o projecto, após receber queixas de cerca de 30.000 membros do site, cansados de pornografia importado dos EUA, Europa ou Ásia.Confrontados com este problema os produtores da indústria cinematográfica ganharam a força necessária, em um país ainda muito conservador, onde a maioria da população é fundamentalmente oposta à pornografia.

O filme, cujo título significa "Nua em Sesotho (África do Sul)" reúne atores amadores: um total de cinquenta pessoas responderam ao anúncio. Com este primeiro porno-negro que acaba de chegar no mercado local, tivemos a oportunidade de lutar contra a AIDS, que ainda mata 1.000 pessoas por dia na África do Sul. Os atores, três mulheres e dois homens, foram escolhidos após rigorosos teste de DST e HIV. Estimulando assim a população agir do mesmo modo.










Tau Morena, um produtor e fundador do projeto, disse ao Guardian: "Nós destacamos toda a mídia do sexo seguro, mas ninguém mostra. O filme ressalta o uso de preservativos ainda pouco popular entre alguns grupos. Portanto, este filme transmite uma mensagem que é sexo seguro. Não finja que não é um filme hardcore de entretenimento adulto, mas ao mesmo tempo é também uma forma de educar e informar ".

O produtor disse que um segundo volume de Mapona, que foi filmado em três dias, já está sendo planejada, e pode ser acompanhado de materiais de sexo seguro educacional.







Mas houve uma resposta cautelosa dos militantes do HIV / Aids. Rebecca Hodes, diretor-adjunto da Aids e a Sociedade de Pesquisa da Unidade de Cape Town University, disse: "Eu não tenho certeza se é uma coisa boa, mas é uma pequena coisa boa que eles estão usando preservativos".

Outro sinal da volta do mercado erótico a Africa do Sul foi o anuncio da volta da Playboy ao país após uma ausencia de 13 anos.

História
Os filmes pornográficos começaram a ser realizados no underground. A câmera era utilizada de modo amador e os filmes tinham distribuição limitada. De início, sua projeção era feita basicamente na casa do cliente ou em clubes privados. Atualmente, o cinema pornô é uma indústria, contando inclusive com suas próprias estrelas. Em alguns países, os cachês atingem valores significativos, muitas vezes superando o cachê de artistas razoavelmente bem sucedidos em outras áreas do cinema.


Os filmes pornográficos existem desde a época do cinema mudo, e eram usualmente rodados em bordéis. Em 1970 nos Estados Unidos, o cinema pornô ganhou forte impulso, graças à eliminação do Código das Produções e à instituição da classificação de filmes por faixa etária, deixando de ser um produto do submundo criminal e se constituindo numa indústria publicamente instalada. Passaram a ser exibido em cinemas próprios, conhecidos por "Salas Especiais".


Nessa época alguns filmes ficaram para a história, como Garganta Profunda (ou "Garganta Funda", como ficou conhecido em Portugal), O Garanhão Italiano, Atrás da Porta Verde e O Diabo na Carne de Miss Jones, que foi uma superprodução para a época.


A difusão dos vídeo-cassetes (ou gravadores de vídeo, como são conhecidos em Portugal), nos anos 1980, fez renascer a indústria de vídeos pornográficos, permitindo que os consumidores vissem os filmes, muito mais comodamente, no conforto da sua casa. A popularização do aparelho de vídeo e das câmeras também permitiram que os mais ousados começassem a filmar seus próprios vídeos, tornando corriqueiro o filme pornô amador (que encontra muitos adeptos atualmente).


Com o advento do DVD e da internet, a produção de vídeos pornô ficou mais fácil ainda, embora industrialmente esteja concentrada em algumas empresas.


Geral
Os vídeos pornô de hoje em dia podem ser divididos em diversos sub-gêneros: pelo sexo dos atores, tipos de ato sexual e o gosto sexual da audiência. (...) Ao mesmo tempo, uma distinção pode ser feita de todos esses gêneros, entre todos esses filmes a história é bem parecida, alguns filmes têm alguma história em cima, mas a grande maioria faz alguma introdução e depois começa o sexo.


Clichês
Há bastante coisa comum nos filmes dos anos 1990 e 2000. O sexo é mostrado de forma geral, não demonstra afeto entre os atores e basicamente não tem história: os dois atores se encontram em alguma situação e começam a fazer sexo. A maioria também tem uma sequência comum: oral, vaginal, anal e ejaculação (na maioria das vezes no rosto da parceira).


AIDS e os filmes
Com o surgimento da AIDS nos anos 80, um grande número de atores tornaram-se soropositivos, e como na época não era obrigatório o exame de HIV, a proliferação foi enorme, um grande número de mortes no meio aconteceu. Atualmente cada ator é obrigado a fazer no mínimo um exame de HIV por mês, sem isso eles não podem fazer filmes profissionais. Alguns países, como o Brasil, exigem o uso da camisinha nos filmes, mas há empresas que dizem que isso faz com que a venda de filmes caia. O cinema pornô americano e o europeu atingiram no início do século XXI índices de contaminação quase nulos, chegando a períodos de anos sem relatos de contaminação em filmes das grandes produtoras.




Fontes: 



quarta-feira, 16 de março de 2011

Cine Afro Sembene Apresenta: O preço do perdão, de Mansour Sora Wade

Convite

Após merecidas férias e balanço para reflexão, o Cine Afro Sembene retorna ao Centro Cineclubista de São Paulo (CECISP) a todo vapor e com novidades para o biênio 2011/2012. "Hoje, é preciso cultivar a machamba da Revolução nos carreiros do mato, gastando as mãos e os olhos em esforços longos e vastos. Tropeçando, caindo e de novo erguendo-se, aprendendo e formando-se na experiência humana de dores e de vitórias e colhendo os primeiros frutos. Ainda mirrados, mas já frutos camaradas", já dizia Marcelino dos Santos, um poeta de Moçambique. Amantes da milenar cultura e da jovem cinematografia africana, aguardem. O cardápio promete para todos os gostos e paladares. Sábado, 19 de março de 2011, a partir das 19 horas, o Senegal nos contemplará com um filme de Mansour Sora Wade:


O PREÇO DO PERDÃO (LE PRIX DU PARDON). França/Senegal, 2001, legendas em português. Direção  Mansour Sora Wade, duração 90 minutos. Sinopse: Um espesso nevoeiro cobre há vários dias uma aldeia da costa sul do Senegal, e impede as pirogas de entrar no mar. O velho religioso da aldeia está moribundo e não pode executar os ritos. Seu filho de 20 anos, Mbanik ganha a confiança da população e cativa a jovem Maxoye. Mas seu sucesso desperta a inveja de Yatma, seu amigo de infância. Acervo:
Oubí Inaê Kibuko.

Sobre o Diretor: Mansour Sora Wade nasceu no Senegal em 1952 e estudou em Paris, onde completou um mestrado em cinema. Entre 1977 e 1985 foi responsável pelo arquivo de audiovisual no Ministério da Cultura do Senegal. Depois de ter feito várias curtas-metragens e documentários, “Le Prix du Pardon” (2002) é o seu primeiro longa-metragem de ficção, tendo recebido prémios nos festivais de Amiens, Fribourg, Milan e Montreal.


Realizou também:

Fary l’ánesse, 1989, ficção.

Taal Peex, 1990, ficção.

Aïda Sauka, 1993, documentário.

Isso Lo, 1994, documentário.

Les Laveurs du Banco, 1996, documentário.

Les Plasticiennes de Ouakam, 1996, documentário.


LOCAL: CECISP – Centro Cineclubista de São Paulo
Rua Augusta, 1239, conj. 13 e 14 – São Paulo
Próximo a Avenida Paulista - Metrô Consolação
Horário: 19 horas - Entrada Franca

Informações: (011)3214-3906

Realização: Forum África

Colaboração:

Compareça e ajude a divulgar!

segunda-feira, 7 de março de 2011

CURSOS E OFICINAS DE CINEMA NA BIBLIOTECA ROBERTO SANTOS


As inscrições para os cursos e oficinas devem ser feitas pessoalmente na biblioteca

O cinema de Hitchcock – O manipulador do medo

Com Celso Sabadin, jornalista e crítico cinematográfico, que cobriu mais de 50 festivais de cinema para diversos meio de comunicação. É autor do livro Vocês Ainda Não Ouviram Nada – A Barulhenta História do Cinema Mudo.

A vida, a obra e o estilo inconfundível de um dos maiores gênios do cinema de todos os tempos. Suas artimanhas, seu humor peculiar, jogadas promocionais, medos e particularidades, tudo ilustrado com trechos de seus filmes em DVD, tanto raridades da fase inglesa como sucessos consagrados da fase americana.

Carga horária de 10 horas.

50 vagas.

Inscrições na biblioteca.

Início dia 21 de março

2ª feiras das 19h às 21h



Oficina de Roteiro Cinematográfico

Com Thais Fujinaga, que dirigiu dois curtas em 35mm: Hoje é o seu dia (2008) e A visita (2009) e acaba de iniciar os preparativos de seu terceiro filme.

A oficina alia informações teóricas e práticas sobre a produção audiovisual contemporânea e proporciona conhecimentos e experiências próprias ao aluno no desenvolvimento de argumentos e roteiros para obras narrativas de ficção em cinema. Na parte final do curso, os alunos farão um roteiro de curta-metragem de ficção.

Carga horária de 48 horas.

20 vagas.

Inscrições na biblioteca até o dia 15 de março. A avaliação será baseada no preenchimento da ficha de inscrição e carta de intenções. Não é necessária experiência anterior.

A partir de 18 anos.

Início dia 22 de março

3ª feiras das 18h30 às 22h



Oficina de Introdução ao Cinema Documentário

Com Roney Freitas, que atua com diretor e roteirista desde 2003. É co-autor do longa-metragem Paulicéia, dirigiu o curta-metragem Laurita e acaba de finalizar seu novo curta-metragem Aurora.

A oficina alia informações teóricas e práticas sobre a produção audiovisual e faz uma introdução às questões que permeiam o campo de estudos e a prática do cinema documental, incluindo percurso histórico e modos de representação no documentário. Apresenta especificidades em relação ao cinema documental e ao cinema de ficção narrativo (o embate com o “real”), além de introduzir a análise e a interpretação de filmes documentais.

Carga horária de 48 horas.

35 vagas.

Inscrições na biblioteca até o dia 18 de março. A avaliação será baseada no preenchimento da ficha de inscrição. Não é necessária experiência anterior.

A partir de 18 anos

Início dia 26 de março

Sábados das 10h30 às 14h30



Biblioteca Roberto Santos

Rua Cisplatina, 505

Ipiranga - 04211-040 São Paulo, SP

Tel. 11 2063-0901 e 11 2273-2390

Horário: 2ª a 6ª feira das 8h às 17h e sábado das 9h às 16h

E-mail: bmrobertosantos@yahoo.com.br




terça-feira, 1 de março de 2011

Cursos de Literatura & Cinema na Puc e no MUBE




LITERATURA E CINEMA NA PUC

A literatura e o cinema são duas formas distintas de expressão artística, porém com profundas ligações entre si. Para analisar a relação entre essas duas linguagens e exercitar a escrita de vários gêneros ligados ao universo cinematográfico e literário, a COGEAE/PUC-SP está oferecendo o curso de extensão “Literatura e Cinema”.

O objetivo do curso é apresentar, para pessoas interessadas em atuar como roteiristas ou críticos de cinema e literatura, um panorama das possibilidades na área. Os participantes terão a oportunidade de aprimorar a sua técnica narrativa, exercitando a produção de diferentes gêneros literários, como o conto, o ensaio, a crítica e a peça de teatro em um ato.

Durante o curso, serão exibidos e/ou analisados filmes clássicos inspirados em obras de ficção, como “Vidas Secas”, de Nelson Pereira dos Santos, “Fahrenheit 451”, de François Truffaut, “Laranja Mecânica”, de Stanley Kubrick, “O Processo”, de Orson Welles e “Apocalipse Now”, de Francis Ford Coppola. Também serão discutidas as obras de autores adaptados para o cinema, como Machado de Assis, Erico Verissimo, Rubem Fonseca, Stendhal, Fiódor Dostoiévski e Truman Capote, entre outros.

DIRIGIDO A: Estudantes de ensino médio e de graduação em qualquer área, com vontade de trabalhar como roteiristas ou críticos de literatura e cinema, além de interessados no assunto em geral.

Categoria: EXTENSÃO
Unidade: Unidade Consolação/SP
Promoção: PUC-SP - Faculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e Artes

Investimento: R$ 269,00 + 3 parcelas de R$ 269,00

Informações: (11) 3124-9600
Início em: 22 de março de 2011
Duração: 60 horas
Horário: Terças-feiras, das 18h30 às 22h30 - aulas semanais

Fonte: PUC/SP

MUBE: CINEMA E LITERATURA EM DIALOGO COM O NOSSO TEMPO

Sinopse: O curso em questão estabelecerá uma interface entre cinema e literatura, com vistas a compreender a crise que se instaurou em nossa época desde o fim do século XIX até a atualidade. Da morte de Deus à aurora do burguês; do ordenamento do caos ao confinamento da loucura; da crise da verossimilhança ao crepúsculo do burguês, dialogaremos com Borges, Scorcese, Defoe, Dostoiévski, entre outros grandes nomes.

Professores:

Olívio Guedes: Diretor Cultural do MuBE – Museu Brasileiro da Escultura.

Donny Correia: Cineasta, poeta e tradutor. Atualmente gerencia o Espaço Cultural Haroldo de Campos – Casa das Rosas e é membro do Mallarmidia Lab Artexperience, grupo de desenvolvimento multiartísco.
Página na internet: Mallarmidia – Artexperience:
www.mallarmidia.blogspot.com

Flávio Ricardo Vassoler: Mestre em Teoria Literária pela FFLCH/ USP, escritor, professor e palestrante. Ministra cursos na Casa das Rosas no Festival Curta Fantástico e no MuBE – Museu Brasileiro da Escultura. Página na internet: Subsolo das Memórias:
www.subsolodasmemorias.blogspot.com


21/02: (1) Dom Quixote ainda pode mover moinhos? O Gabinete do Dr. Caligari, de David Lee Fisher, e Pierre Ménard, de Jorge Luís Borges.

28/02: (2) Pai, por que não me abandonaste? A Última Tentação de Cristo, de Martin Scorcese, e O Evangelho segundo Jesus Cristo, de José Saramago.

14/03: (3) A aurora do burguês. O Enigma de Kaspar Hauser, de Werner Herzog, e Robinson Crusoé, de Daniel Defoe.

21/03: (4) Se Deus não existe, tudo é permitido. Crimes e Pecados, de Woody Allen, e Crime e Castigo, de Fiódor Dostoiévski.

28/03: (5) Loucos são todos os outros. Enfermaria nº 6, de Anton Tchekhov, e Um estranho no ninho, de Milos Forman.

04/04: (6) O caos não se deixa quantificar. A Onda, de Dennis Gansel, e Guerra Civil, de Hans Magnus Enzensberger.

11/04: (7) E no momento em que te odeio e quero vingar-me – eu te amo. Psicose, de Alfred Hitchcock, e O Túnel, de Ernesto Sabato.

18/04: (8) Genealogia do amoral. Ônibus 174, de José Padilha, e Feliz Ano Novo, de Rubem Fonseca.

25/04: (9) O crepúsculo do burguês. O Cheiro do Ralo, de Heitor Dhalia, e Eugênia Grandet, de Honoré de Balzac.

02/05: (10) A co-incidência do acaso. Amores Perros, de Alejandro González Iñárritu, e Seis personagens à procura de um autor, de Luigi Pirandello.

Informações e inscrições:
mube@mube.art.br
Tel: 2594-2601

Fonte: Museu Brasileiro da Escultura