segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Mumblecore - a estética do faça você mesmo

Um grande panorama do novo cinema independente americano pode ser conferido na mostra “Mumblecore, a Estética do Faça Você Mesmo”. Mumblecore é um movimento de cinema independente que surgiu em 2002 durante uma conversa entre amigos, no intervalo das exibições de um festival de cinema independente. Joe Swanberg, Aaron Katz, Andrew Bujalski, Mark e Jay Duplass foram os primeiros cineastas a ganharem visibilidade, dentro e fora dos Estados Unidos, com seus primeiros filmes com o selo Mumblecore.



O movimento é caracterizado por seu baixo orçamento, roteiros e cenas improvisadas, atores não profissionais e temas geralmente em torno de relacionamentos amorosos entre jovens.

Baseados em movimentos anteriores, como o D.I.Y. (Do It Yourself), Dogma 95, cinema digital e o movimento independente americano, tendo John Cassavetes e, posteriormente, Richard Linklater como grandes influências, o Mumblecore chamou a atenção para uma discussão maior: o barateamento da produção cinematográfica com a chegada da tecnologia digital e como isso se reflete tanto no mercado cinematográfico como no modo de se fazer cinema.

Quilombocine recomenda:

REMÉDIO PARA A MELANCOLIA (Medicine for Melancholy, EUA, 2008, 88 min, digital). Dir.: Barry Jenkins. Com Wyatt Cenac, Tracey Heggins, Elizabeth Acker e outros. A cidade de São Francisco, EUA, é o cenário para esta história de amor entre dois jovens afro-americanos que convivem com o desafio de serem parte de uma minoria em uma cidade hostil. Um dos raros filmes Mumblecore com personagens não-brancos.


CLIMA FRIO (Cold Weather, EUA, 2010, 97 min, digital). Dir.: Aaron Katz. Com Cris Lankenau, Trieste Kelly Dunn, Raúl Castillo e outros. Doug acabou de voltar para sua cidade natal, Portland, em Oregon (EUA), para morar com a irmã. Quando sua ex-namorada aparece inesperadamente na cidade, sumindo logo em seguida, Doug, Gail e Carlos, o novo amigo dos dois, assumem papéis de detetives, ou, como eles mesmo afirmam, “Sherlock Holmes” da vida real. Para além do toque de mistério, o filme é uma bela e espontânea história de amizade e camaradagem familiar.


Pesquisa e postagem: Oubí Inaê Kibuko para Quilombocine.

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